BBB,
"unidos pela moral e bons costumes da família brasileira" ou ao
"altíssimo"poder político?
Por traz do
debate político há jogos de interesses enormes que para a bancada do BBB, Boi,
Bala e dos falsos pregadores da Bíblia, tem interesses distintos, porém
próprios e que não são de interesse reais da nação. Entre os "debates
políticos" esta mesma bancada reavivou o debate em torno da maioridade
penal. Segundo juristas de diferentes matizes ideológicas, a responsabilização
a partir dos 18 anos é cláusula pétrea da Constituição, inclusive surgiu desta
bancada a infeliz "ideia" de baixar o limite de idade para 12 anos,
porém perceberam que seria mais difícil ganhar apoio da população, mesmo com a
grande maioria da mídia apoiando seus desequilíbrios mentais. A bancada do BOI,
ruralista, digo grandes latifundiários, é rica e financista de seus próprios
ideais, ou seja, partidos conservadores da direita e os que escolhem o lado que
a lhes convier. Já a bancada da BALA, essa tem lucrado muito com o terrorismo
implantado em seus jornalismos, que por sua vez, faz vender mais equipamentos
de segurança e têm apoio dos seus fabricantes de materiais da área de
segurança. A bancada da Bíblia, ou melhor dos falsos pregadores dela, rezam por
outra cartilha que não a religiosa. São fundamentalistas que querem reeditar a
cultura brasileira, acarajé é acarajé e não bolinho, mas a todo custo, levando
o santo nome de Deus em vão, porém em favor de suas agremiações políticas,
arrebanhando de seus templos eleitores para o tempo político de hoje.
É claro e
evidente que a preocupação principal não é a redução da maioridade penal e sim
o financiamento político feito por empresas privadas que, outrora, essa mesma
bancada criticou o Governo Dilma e Lula por receberem doações, porém votaram a
favor do financiamento de campanha política por empresas, mesmo sabendo que
empresa não vota, investe para ter retorno, sobretudo as grandes empreiteiras
que receberão milhões advindos da construção de presídios, da fabricação e
venda de materiais de segurança.
Enfim o
problema da violência no Brasil não é só aquele os que os menores infratores
praticam e sim o estupro mental que a bancada do BBB vem fazendo com parte de
setores da sociedade. Querem institucionalizar no país o cárcere de menores.
É importante
levar em conta que dados da ONU apontam que os homicídios cometidos por
adolescentes representam menos de 1% do total, enquanto mais de 36% das vítimas
de homicídios no Brasil são adolescentes”, (Agência da ONU).
São tristes
os dados carcerários em nosso país. Temos hoje um déficit de mais de 200 mil
vagas. O levantamento foi feito pelo Conselho Nacional de Justiça, e aponta que
o Brasil, possui mais de 715 mil presos, dos quais apenas 148 mil estão em
regime domiciliar. É a quarta maior população carcerária do mundo, atrás apenas
de EUA, China e Rússia e pasmem, segundo o Ministro da Justiça, José Eduardo
Cardoso está em aberto mais de 400 mil mandados de prisão, até 2022 serão mais
de 1 milhão de pessoas encarceradas, sendo que a projeção do governo é que, com
a aprovação da redução da maioridade penal, é que de 30 a 40 mil jovens
ingressarão anualmente no sistema prisional.
Chega a ser
estúpido a situação em nosso País, pois bem, é sabido por boa parte da
população brasileira que a previdência pode vir a quebrar por várias situações,
tanto é que houve mudanças na regra previdenciária, mas principalmente porque a
população brasileira na fase adulta e idosa tem tido crescimento significativo,
neste momento, mais que tudo o país precisa da juventude. Por que não reavivar
o debate em torno do investimento e qualidade educacional no país, na garantia
do acesso a cultura, das políticas sociais e principalmente incentivar a
educação familiar e o acompanhamento ao crescimento da criança e do adolescente
para garantir uma saudável formação intelectual e do caráter?
As balas que
ganhei na minha infância, eram doces e deixaram boas lembranças, as balas que a
bancada do BBB estão oferecendo, tem gosto de chumbo, os castigos que minha mãe
usava para punir minhas "infrações" eram em casa, mas meu avô me
afagava, era bem diferente das que a bancada do BBB estão tentando
institucionalizar, são cárceres.
André Bomfim
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